Chuvas voltam em boa parte do país a partir do fim do mês, mas apenas a região Sul terá regularidade para evoluir com plantio
20/09/2017 17:35
Até o presente momento, os produtores não encontram condições para iniciar o plantio da safra de verão, mesmo com o fim do vazio sanitário em alguns estados do Brasil. Celso Oliveira, meteorologista da Somar, destaca que, em comparação com o ano passado, o período é, de fato, menos chuvoso. Entretanto, o clima atual reflete uma situação de normalidade quanto í média histórica.
A previsão até o dia 22 de setembro mostra tempo seco em boa parte do país, com chuvas mais concentradas ao Sul e nos países vizinhos como Argentina e Uruguai. Para o dia 23 a 27 de setembro, algumas mudanças devem se instalar sobre esse quadro, mas ainda trazendo tempo seco para o Sudeste e para o Centro-Oeste.
A situação começa a mudar no mapa para 28 de setembro a 02 de outubro, quando a chuva se espalha pelo Brasil e traz até mesmo alguns extremos, superiores a 50mm a 70mm. Essa chuva, segundo Oliveira, ajuda na instalação do plantio, embora a projeção de chuvas para outubro ainda seja menor do que o normal, enquanto são acima da média para o Sul e para o Norte do país.
Tendo essa condição, o Sul tem garantia de continuidade das chuvas, enquanto o Centro-Oeste não apresenta o cenário ideal, mas pode encontrar uma condição interessante plantando a soja nas primeiras chuvas em algumas áreas, enquanto a área mais central deve aguardar novas chuvas ocorrerem. O Matopiba, por sua vez, reflete o que ocorre no Centro-Oeste.
No sul de Minas, as chuvas do dia 28 devem salvar parte da florada e dar suporte até a regularização. É possível, também, que ocorra uma segunda florada.
No geral, Oliveira acredita que as chuvas devem se regularizar próximas ao mês de dezembro. Se as previsões de La Nií±a por parte do NOA estiverem corretas, esse também deve se instalar ao fim do ano. No momento, o que se vê é uma situação normal para a época do ano, embora as águas do Oceano Pacífico estejam, de fato, mais frias, o que implica em um início de primavera diferente.
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