Agro é o 2º maior mercado para startups no Brasil
22/09/2017 08:56
CEO da StartSe estima que são 500 iniciativas do segmento no país; setor só perde para o de startups financeiras
Com um valor bruto de produção (VBP) que deve chegar a R$ 535,4 bilhões em 2017 e produções batendo recorde de produtividade, o agronegócio é o segundo maior mercado de startups no Brasil atualmente, diz Pedro Englert, CEO da StartSe. -O Brasil e o agro estão abertos a isso. Boas inovações vêm surgindo', conta. Ele estima que existam cerca de 500 startups do agro no país e que algumas já estão se expandindo para fora do Brasil, inclusive o Vale do Silício, considerado o centro mundial das inovações. -É uma oportunidade de exportarmos tecnologia'.
-O agro é a classe mais "sexy" para se investir em startups no Brasil', afirmou Francisco Jardim, sócio-fundador da SP Ventures, na Agrotech Conference, organizada pela StartSe. A gestora de fundos de investimento viu no agronegócio um mercado interessante para se focar. Um dos motivos é que o campo precisará de novas soluções para resolver o aumento de demanda por alimentos ao mesmo tempo em que lida com mudanças climáticas e diminuição dos recursos hídricos. Com isso, surgem oportunidades de inovação.
No evento, Englert ainda ressaltou que o momento atual é muito mais propício para empreender do que no passado. -15 anos atrás, você precisava de milhões de dólares para começar, hoje você consegue iniciar com cinco mil dólares'. Um mundo mais conectado, mais investidores dispostos a apostar em startups e a dificuldade de empresas tradicionais de buscarem inovação também têm contribuído para essa evolução.
Para dar certo, o conhecimento é o pilar essencial para qualquer startup, seja dentro ou fora do agro. -Além disso, é preciso de rebeldia para inovar e, claro, capital financeiro'. Segundo ele, empreender virou quase que um processo científico, onde é preciso entender profundamente a respeito do tema e planejar as ações.
Pelo maior engessamento da organização, o que pode tornar mais difícil a capacidade de inovar, várias grandes empresas do agronegócio têm apostado em parcerias e acelerações de startups como uma forma de se manterem atualizadas e preparadas para as mudanças que podem vir no futuro. -Ninguém quer ser a Kodak, que era líder de mercado e chegou a ir í falência, porque demorou a migrar para a fotografia digital com medo de que isso prejudicasse as vendas de filmes e câmeras analógicas', afirma Englert. Pedro reforça a aceleração das transformações no mundo atual. -A cada 18 meses, a tecnologia dobra de capacidade e o custo cai pela metade'
Em entrevista ao Portal DBO, ele ainda explicou as diferenças entre os ecossistemas de startups no Brasil e nos Estados Unidos e como funciona a StartSe, plataforma digital que conecta todos os agentes do ecossistema de startups (investidores, aceleradoras, universidades e startups), aumentando a visibilidade das novas ideias e ultrapassando as barreiras físicas de contatos. Ouça:
Fonte: Portal DBO
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